sexta-feira, 16 de março de 2012

O Acordo Ortográfico E O Absurdo De Recorrer À Pronúncia Para Regulamentar Os Usos Escritos

O acordo ortográfico da Língua Portuguesa incorre "no absurdo" de recorrer à pronúncia para regulamentar os usos escritos, afastando-se da raiz greco-latina e das grandes línguas mundiais, quem o afirma é o filólogo Fernando Paulo Baptista .

Considera que  o mais grave que o presente acordo comporta é na "Base IV", com as designadas "sequências consonânticas", em especial nas "ct" e "pt", opção que "vai liquidar aspetos importantíssimos da via erudita" da formação do vocabulário da língua portuguesa.

Afirma que, ao fazer um estudo pormenorizado da língua portuguesa antes do acordo e de cinco das línguas mais importantes no mundo, o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, concluiu que estas preservam a raiz nas mesmas palavras.


Encontra situações de "ditadura fonética", nomeadamente com verbo o latino "ago", que deu o verbo agir, com "mais de quatrocentos vocábulos em língua portuguesa", e em expressões como "atualidade" e "ação", "actuality" e "action" em inglês, ou "actualité" e "action" em francês.

"Isso vai dificultar o rigor que o uso escrito da língua deve ter, mesmo na criação poético-literária, na reflexão filosófica, nos grandes saberes da cultura e na linguagem especializada de todas as ciências", sustenta-

JN

É mais uma opinião avalizada das muitas que temos escutado sobre o acordo, que afinal parece que ainda não o é. Havia necessidade disso? Daqui a poucos anos, os países da lusofonia, tendo em conta as características dos seus falantes geograficamente posicionados em regiões muito diferentes terão certamente  novos vocábulos e escrita adaptada. Assim acontece com as línguas vivas.

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