terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Cavaco Falhou Até Nas Duas Vezes Que Teve Razão

Cavaco Silva optou por ser consensual, esperançoso, banal e chato na sua última mensagem ao país. Não houve temas fracturantes nem cotoveladas, apenas manifestações de “profundo amor a Portugal”, a batida retórica da “identidade universalista” que “deu novos mundos ao mundo” (bocejo), o elogio chapa cinco aos “jovens cientistas”, e um louvor – esse, sim, mais original –, “aos portugueses que estão a fazer Portugal”, ao contrário dos portugueses que andaram a desfazer Portugal, entre os quais é difícil não incluir o próprio Cavaco. Aliás, a forma como no Ano Novo tentou incutir esperança à pátria com o entusiasmo de um cangalheiro é uma boa metáfora do seu legado.

Leia a opinião de João Miguel Tavares sobre  ' O homem que falhou demais'  no Público

Sem comentários: