quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Ó Mera Brancura

Ó mera brancura
Do luar que se esfolha,
Ó rio da alvura
Do luar que te molha -

Montanhas que ao longe
Não têm um grito,
Todas um só monge
No claustro infinito -

Murmúrio das águas
Que ao luar que as não vê
É sombra, sem mágoas,
Macieza que é

A alma da noite,
A sombra do luar...
Ó nunca eu me afoite
Até não sonhar!...

Wardour + Pessoa

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