terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Que Se Poderá Seguir À Democracia Pluralista? Não São Só As Pessoas, Mas Os Regimes Também Morrem

De: Rui Ramos
Na Europa, a divergência económica, o jihadismo, o populismo e a desestabilização de Putin puseram-nos a todos a falar nos anos 30. Com o Brexit, a integração europeia provou que é mortal. Percebemos, novamente, que não são só as pessoas, mas também os regimes que morrem.

A actual democracia é muito diferente do regime liberal, e o país e o mundo são outros. Nos seus começos, mobilizou muita gente, em eleições e manifestações. Depois, a oligarquia promoveu a dependência do Estado como forma de controlar a população, enquanto abordava a Europa de um ângulo extractivo. O Estado cresceu mais do que a economia, e o endividamento simulou a riqueza. No século XXI, uma sociedade envelhecida, uma economia estagnada, e a crescente dependência financeira restringiram finalmente a margem de manobra oligárquica. Em 2011, só a ajuda europeia poupou o regime a um desmoronamento súbito.

Que vai acontecer agora? 

Não temos populismos xenófobos, porque o marasmo económico limitou a imigração. O governo actual aproveitou o ajustamento executado pelo governo anterior para formar uma espécie de bunker político, com alguns grupos e corporações privilegiadas. Estamos assim a passar do Estado social ao Estado clientelar. E se o BCE faltar? Nesse dia, talvez faça sentido recomeçar a contar os anos do regime. (ler o artigo completo aqui)

E é mesmo isto - são verdades que não podemos ignorar

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