sábado, 17 de junho de 2017

O Fim Da Linha. Nada É Responsabilidade De Costa.

António Costa acabará por ser reconhecido como o político que mais fez para tornar a política a coisa mais desinteressante de todas as coisas que se podem comentar. É o fim da linha. Há meses que ouço comentadores queixar-se da falta de temas para os programas semanais. Até Manuela Ferreira Leite, na TVI, se viu obrigada a comentar a novela Cristiano Ronaldo. Já ninguém sabe sobre o que escrever. Toda a gente quer férias prolongadas, porque não vislumbra tema minimamente interessante a que se dedicar no verão. A culpa? É de António Costa!

O homem consegue estar sempre do lado certo da história. Verdade ou mentira, o nosso primeiro-ministro tem sempre razão. A Agência Europeia de Medicamentos pode vir para Lisboa e não para Porto, Braga, Coimbra, Fornos de Algodres, Camacha, ilha do Pico e tantos outros sítios que aparecem nos sonhos de António Costa. A culpa não é dele, ele sonhou que podia ser noutro sítio, mas acordaram-no a tempo de impedir que não fosse em Lisboa.

Costa está sempre do lado certo da história. Quando despacha um banco com custos para os contribuintes, a culpa é do anterior governo que não despachou. Quando coloca o amigo na administração da TAP, está a fazer-nos um favor por nos emprestar a competência de um brilhante advogado. Quando não cumpre a promessa de acabar com a sobretaxa, a culpa é do calendário, que tem doze meses.

Isto está de tal maneira que até a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa passou a ser coisa sem interesse nenhum. O próprio Presidente, mais dia menos dia, vai aperceber-se de que o povo já não quer saber de nada, porque nada é responsabilidade de António Costa. Se a culpa não é de quem manda, de que serve estar a pedir para ser de maneira diferente? Não serve de nada!

É altura de hibernarmos e despertarmos apenas quando nos convencermos de que há sempre alternativa à alternativa. Não estamos todos condenados a estar do lado certo da história. Esse é o desígnio de António Costa.

Paulo Baldaia, DN

O Povo vai-se deixando embalar enquanto lhe cantam cantigas para adormecer.
Beijos, abraços e sorrisos vão sendo capazes de serenar ... um povo que já não quer saber de nada.


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